quinta-feira, 6 de maio de 2010

4ª Feira - "PROGRAMINHA DE ÍNDIO"



FESTA DE RICO X FESTA DE POBRE


Esta semana fui numa festa de bacana. Bacana mesmo, daqueles que aparecem nos sites de celebridades, onde tem aquele monte de fotógrafos perseguindo cada loira que entra na festa. O mais engraçado é que se um fotógrafo dispara um flash na direção da dita cuja, outros mil fazem a mesma coisa mas depois, discretamente, perguntam o nome da distinta, ou seja, não faziam a mínima ideia de quem era mas se o outro fotografou....

Já pensei em uma vez contratar um personal fotógrafo. Como ninguém me conhece, eu chegaria na festa e ele viria imediatamente me fotografar. Garanto que atrás dele viriam vários e no dia seguinte eu estaria em todas as colunas de fofocas. "Helena Perim, escritora e roteirista" e eu na foto, fazendo pose de Gisele.

Bom, mas voltando a festa. No convite dizia o seguinte: coquetel às 20.30. Às 21.15 início do show. Endereço: um teatro dentro de um shopping de SP. Que aliás me surpreendeu. Um teatro enorme. Nunca imginei que caberia dentro de um shopping um espaço daqueles.

Voltando a festa de novo. E ao convite. Estava lá escrito. Traje: esporte fino. Esporte fino? O que é isso? Tenis com terno? Enfim, com essa ampla interpretação do termo tinha de tudo. De calça jeans ao basiquinho da liquidação e rasterinha até aqueles vestidos de madrinha encalhados nos armários que tiveram a sua segunda chance.
O tal do coquetel se resumiu ao seguinte. Nada. Não tinha sequer uma coxinha de frango pra enganar. O que eu pude ver foram pessoas com taças na mão, mas poucas, com umas bebidas que variavam em 3 tons: verde, azul turquesa e vermelho. Sabe aquelas bebibas que quando você prova tem a impressão de estar tomando o seu shampoo? Preferi não arriscar e escolhi um copo d'água mesmo.
E o tal teatro que abriria às 21:15 abriu às 22:30. E toca ficar em pé, com fome e tomando água. O pior é que de onde estávamos, todos apertados como em um aquário, dava pra ver a praça de alimentação do lado de lá das paredes de vidro. E o povo se esbaldando no McLanche Feliz!
Finalmente o teatro abriu suas portas e eu fui sentar no local que me cabia: bem embaix do ar condicionado. Agora além de fome sentia frio também. E tome flash...era famoso que não acabava mais.
Rolou o lançamento do produto e o show. Ok.
Apenas um detalhe. Era o lançamento de uma bebida revolucionário, definida como alimético. O que quer dizer alimento mais cosmético. Pena que ninguém conseguiu provar porque a tal garrafinha é impossível de se abrir em a ajuda do Schwarzenegger.

Na saída, já com sintomas de hipoglicemia, comecei a me lembrar das festas que a minha faxineira me conta que faz na casa dela. Por qualquer motivo rola uma comilança. É bolo com feijão tropeiro com dobradinha com muita cerveja e se bobear um sambinha.
Foi quando minha irmã, por acaso nutricionista, me perguntou: Festa de rico não tem comida?
E eu fui rápida: Comida engorda. Quem come é pobre minha filha....Rico bebe.
Custava servir pelo menos uns malditos canapezinhos????

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